sábado, 19 de dezembro de 2009

Bar

Pareceu-me confuso nas palavras, fingi entender tudo com clareza e espanto dando margem a qualquer continuação. Continuou. Acredito que disse alguma coisa sobre mulher, dei-lhe um conselho pronto e prosseguiu. Em certo momento me ofereceu um cigarro, por receio de demonstrar indiferença, aceitei. Ele acendeu o dele e o meu com exatidão e entregou-me desajustado. Depois de duas tragadas fortes continuou seu assunto furado, perguntei-lhe se podíamos sentar. Sentamos. Segurou-me a mão e olhou-me fundo. "Posso lhe confiar um segredo?" - Indagou com os olhos marejados. Ao responder que sim, deixou uma lágrima rolar e me matou por dentro.


6 Opiniões:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

a angústia do SER qdo compartilhada traduz-se em lágrimas amargas que muito nos afligem ... fato

bjux

;-)

Hugo de Oliveira disse...

Fascinante! Brilhante!


Abraços
de luz e paz


Hugo

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

então Moratelli, sua sensibilidade se traduz até nos comentários ... gostaria de conhecer estes teus textos sobre eus possíveis ...

bjux

;-)

Átila Goyaz disse...

Caraca, show!

Estou aqui imaginando qual o segredo.. será que ele te decepcionou?

hehehee

Muito bom mesmo!
Parabéns!

Luciano Freitas disse...

esse espaço em branco de "qual o segredo" foi demais! nem preciso dizer a respeito das ações descritas com tanto bom gosto! muito bom!

Diversidade.com disse...

Feliz Natal!!!!


E cheio de coisas boas para ti!

Responde tua pergunta!!!

Beijoooooooooooo grande!

Carioca