quarta-feira, 21 de abril de 2010

As pérolas

Cortou-lhe as mãos como castigo eterno por roubar-lhe a simpatia. Moça bem criada com as bochechas rosadas e mãos para a costura. Como puderam fazer isso com ela? Se for errado indagar mais então deve ser interromper. Arrastou o vestido com as pernas trançadas de nervoso e caiu. Tombou torta no chão para arrebentar o cordão de pérolas que sobrou da herança. Rolaram as pérolas e as lágrimas sob o olhar maternal do céu.

sábado, 17 de abril de 2010

Avesso



Clica que aumenta, ok?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pingo

Só fecha a janela quando pinga em seu ombro. Hermeticamente fechado em seu cinismo trágico. Eu olho, olho de longe. Eu não. Finjo surpresa na cólera alheia, amarro a cara, volto pro livro.
Onde eu estava? Qual era a linha, o ponto, o espaço?
A negação do silêncio nos permite se encontrar. A troca rápida do diálogo exige atenção fervorosa. Onde estão os diálogos pensados? Ao menos passem de uma linha seus cretinos! Estetas forçados com piercing de ouro no umbigo. A gema da à liga, da o cheiro e a cor. Depois do forno nem parece ovo.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pré-após

Meu bucolismo atual não nega meu desespero, mas não se demonstra em minhas palavras.
Será esse o fim do bucolismo literário que sinto em todo começo de outono?