Desisto, em carta aberta, de ser.
Não quero ser, definitivamente. Deixo abertas as janelas de minh’alma, prontas a qualquer vento forte que deseje batê-las contra as paredes que me suportam, se é que as tenho. Não vejo mais beleza em minhas fraquezas, tão menos virtudes em minhas poucas forças. Covarde! - Não digo que não, afinal alguns já provaram que sim. "É preciso ter uma personalidade forte!" - Escuto desde sempre. E se não a tenho? E se for assim, simples, covarde, chorão, bobo, esperto (Inteligente? - não, não.), colorido, torto, cansado, etceteras mais. Envergonhava-me até hoje de ser, sim, de ser o que eu, decididamente, não era.
Pretendo agora, se é que me permitem dizer o que pretendo, dizer "não” quando quiser, sonhar meus próprios sonhos, escrever meus próprios textos, fugir de minhas personalidades tolas, enfim, ser o que eu era sem ser.
Não estou ficando louco, e se sou, já sou há bastante tempo. Vou terminar esta carta sem uma conclusão genial, faz tempo que me prendo a elas, tendo poucas vezes conseguido fazê-las.
Rio de Janeiro, 18/01/2009Não quero ser, definitivamente. Deixo abertas as janelas de minh’alma, prontas a qualquer vento forte que deseje batê-las contra as paredes que me suportam, se é que as tenho. Não vejo mais beleza em minhas fraquezas, tão menos virtudes em minhas poucas forças. Covarde! - Não digo que não, afinal alguns já provaram que sim. "É preciso ter uma personalidade forte!" - Escuto desde sempre. E se não a tenho? E se for assim, simples, covarde, chorão, bobo, esperto (Inteligente? - não, não.), colorido, torto, cansado, etceteras mais. Envergonhava-me até hoje de ser, sim, de ser o que eu, decididamente, não era.
Pretendo agora, se é que me permitem dizer o que pretendo, dizer "não” quando quiser, sonhar meus próprios sonhos, escrever meus próprios textos, fugir de minhas personalidades tolas, enfim, ser o que eu era sem ser.
Não estou ficando louco, e se sou, já sou há bastante tempo. Vou terminar esta carta sem uma conclusão genial, faz tempo que me prendo a elas, tendo poucas vezes conseguido fazê-las.
5 Opiniões:
A Liberdade veio em boa hora, então. Eu ainda estou tentando trazer a minha, mas tudo indica que será um longo processo. E como será aclamado o dia em que, finalmente, eu deixar de ser o que não era!
Diga muitos nãos, então. Diga nãos até por mim, enquanto eu não digo os meus próprios e luto contra esses meus outros eus.
Pra terminar, não vou tentar nenhuma conclusão genial ou altamente filosófica, aproveitando para me libertar desta amarra de que você já se libertou. Simplesmente direi que achei esta tua carta tão genial quanto aquele primeiro poema teu que li.
Até.
ótimo texto.
Atualmente é difícil encontrar pessoas que se expressem tão bem não só por atos , mas tbm por palavras
http://cryingforjoy.blogspot.com/
Mudar não devia ser difícil.
Gostei :D
adorei o blog, mto bom
http://tiomah.blogspot.com/
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