Enquanto explica suas dores e seus distúrbios, procura em seu íntimo conformidade e explicação para os desenganos alheios. Não os desenganos dos outros, esses pouco importam, mas sim os próprios desenganos que se figuram alheios pela distância que tem do "eu" exposto a qual chama de "verdadeiro eu". A vida simples que seu "verdadeiro eu" leva aos empurrões de sonhos comuns é fácil de corrigir, analisar, mudar e encarar.
Os destroços da figura interna são complexos e merecem atenção. Não a atenção da senhora pseudo-intelectual que o escuta por horas pagas no fim do mês. Continua indo às sessões por gostar das tentativas falhas de entendimento de seu "verdadeiro eu". Seu "eu" íntimo, problemático, inatingível é só seu, de mais ninguém.
A conciliação entre os desejos mórbidos de sua personalidade fácil com seu outro "eu" denso tem de ser auto-concebida, e não proposta por estranhos que nunca encostaram no núcleo do átomo purgante e explosivo.
Suas prosas públicas feitas em grupo escondem o mal sujeito que não vê solução. O "eu" simples funciona como esponja de caracteres recebidos. Sonhos, vontade, desapegos e ódios ditos entre assuntos irrelevantes são sugados e expostos futuramente. Não há verdade. Frente ao mundo corrosivo melhor expor coisas boas, comuns.
O "estranho eu" fala ao ouvido nos momentos solitários, provoca pensamentos de crise, indaga sobre a falsa reputação, fere. Não vendo solução o torna alheio.
Os destroços da figura interna são complexos e merecem atenção. Não a atenção da senhora pseudo-intelectual que o escuta por horas pagas no fim do mês. Continua indo às sessões por gostar das tentativas falhas de entendimento de seu "verdadeiro eu". Seu "eu" íntimo, problemático, inatingível é só seu, de mais ninguém.
A conciliação entre os desejos mórbidos de sua personalidade fácil com seu outro "eu" denso tem de ser auto-concebida, e não proposta por estranhos que nunca encostaram no núcleo do átomo purgante e explosivo.
Suas prosas públicas feitas em grupo escondem o mal sujeito que não vê solução. O "eu" simples funciona como esponja de caracteres recebidos. Sonhos, vontade, desapegos e ódios ditos entre assuntos irrelevantes são sugados e expostos futuramente. Não há verdade. Frente ao mundo corrosivo melhor expor coisas boas, comuns.
O "estranho eu" fala ao ouvido nos momentos solitários, provoca pensamentos de crise, indaga sobre a falsa reputação, fere. Não vendo solução o torna alheio.
10 Opiniões:
A senhora pseudo intelectual!rs
Quando olhei eu ri,depois saquei e pensei:
"Sábios são aqueles que entendem seu próprio interior sem intervenções alheias diretas".
Sempre haverá o conflito interno,o que se decidirá no final é o consenso ou o instinto?
não sei responder,deve de ser da natureza de cada um! ;)
Ótimo cara! Abração!
putz, arrebentou nesse texto, Lucas! realmente o "eu" de cada um, na minha opinião, não é de ninguém mesmo; só mesmo daquele que o carrega!
ótimo texto, cara! como sempre, curto e completo!
massa teu texto...
K. Jaspers devia estar nessas crises existencialistas para escrever seu livro : iniciação filosófica...
O meu "eu" não posso defini-lo, pelo menos tento, mas nunca o encontro todo... o ruim é sempre precisar da opinião dos outros para tudo o que fazemos.... infeliz sociedade do diálogo!....
Belo texto.
Obrigada por ter comentado em meu blog, acho que aquilo tudo se resume em carência e desilusão, mas acho que depois passa, assim espero.
Em relação ao seu post achei incrível, apesar de muitas vezes ser tão explicito o "estranho eu" ,sempre me perco em saber. Maravilhoso texto, um pouco confuso para uma mente fraca (como a minha), rs, mas super real! Amei, bjs
é dificil ser vc msm no mundo q qr q tds seja iguais...
vc é filósofo?? deveria escrever alguma coisa assim... mt bom msm
...
to seguindo aki...
Tem gente que diz que somos plurais. Quer dizer, naturalmente nos comportamos, pensamos e desejamos de jeitos diferentes de acordo com o ambiente e o que ele exige de nós... eu concordo.
não faz meu estilo mas parabéns msm assim
Achei interessantíssimo o texto, parabens!!!
Falar sobre esse "EU" de cada um torna-se desafiador, uma vez que as pessoas são inconstantes "esponjas" cm vc mesmo disse...
Grande abraço, obrigado por ter comentado no meu Blog.
Uau!
Profundo esse texto. Profundo.
As "suas ideias de um louco" estão despertando, cada vez mais, reflexões :) .
Parabéns!
E obrigado pela presença!
Feliz Páscoa. Te espero por lá.
Abração.
Pedro Antônio
Lucas, certa vez eu comecei a desconfiar da existência, também aqui, de dois eus. Mas os anos que se seguiram levaram a uma conclusão um tanto mais perturbadora: não são dois, são múltiplos.
Um que aceita tudo, bondoso ao extremo. Um que critica tudo e todos. Um que sabe tudo. Um que não sabe nada. Outro que dorme. Outro que fala sozinho, em inglês. E um regulador.
E olhe que esses são os já catalogados. Devem haver outros, escondidos, ou mesmo à mostra, mas que não fui capaz de visualizar.
Haverá conflito entre essas personalidades, sempre. Imaginar que se darão bem pela eternidade afora é análogo a imaginar que todos os gatos e ratos do mundo se deem bem. Pela própria diferença de objetivos. Pelos próprios contrastes.
Agora, cabe a um desses eus, o regulador, tentar a conciliação. E esta nunca será encontrada na sala da senhora pseudo-intelectual, é certo. Ela pode te ajudar a entender um ou outro eu. Mas a administração total, é sua. Só sua e de mais ninguém.
Um verdadeiro equilíbrio bambo, que se segue ininterruptamente, é o que se pode esperar. Quando ameaçarmos cair para a direita, que joguemos o peso para a esquerda. Jogo de cintura.
Não adianta é tratar com impessoalidade tais problemas de cunho tão pessoal. Ou pessoais, visto que envolve tantos eus.
Belo texto. Gostei MESMO. Profundo demais para tão poucas palavras. E desculpe pelo sumiço. Correria, preguiça e rapidez do tempo, sabe como é, né?
:)
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