Sentou-se só na rua morta de inverno. Todos os pássaros são pretos quando o céu é branco. Não ouviu a própria voz quando tentou falar. Viu-se mancha quando se curvou, soprou-se vento quando achou estar. Sofreu calada e encolhida. Sofreu a tarde inteira. O relógio descompassado do frio adianta a noite como criança arrastada pela mão. Chegou suave e poderosa. Tomou-lhe conta, abraçou-a sem pedir. Sofreu junto. A brisa muda ao som da noite, vem com gosto, com lembrança. Choraram juntas.
Balitas e você, minha sorte de estrela
Há um dia